terça-feira, março 30, 2010

A Oração de um Profeta Menor

Esta é a oração de um homem chamado como testemunha pe­rante as nações. Foi isto que ele disse ao Senhor no dia de sua ordenação. Depois de os presbíteros e ministros terem colocado as mãos sobre ele, retirou-se para encontrar seu Salvador num lugar se­creto e em silêncio, bem além do ponto em que seus bem intencio­nados irmãos poderiam tê-lo levado.
Foram estas as suas palavras: Ó Senhor, ouvi a tua voz e fiquei com medo. Tu me chamaste para uma tarefa terrível numa hora gra­ve e perigosa. Está prestes a sacudir todas as nações e a terra, assim como o céu, para que permaneçam as coisas que não podem ser aba­ladas. Ó Senhor, meu Senhor, Tu te aviltaste honrando-me como teu servo. Homem algum recebe esta honra salvo aquele que é chamado por Deus como Arão. Tu me ordenaste teu mensageiro para os duros de coração e difíceis de entendimento. Eles te rejeitaram, a ti, o Mestre, e não posso esperar que me recebam a mim, o servo.
Deus meu, não perderei tempo deplorando minha fraqueza nem minha incapacidade para a obra. A responsabilidade não é minha, mas tua, pois disseste: "Eu te conheci — te ordenei — te santifiquei", e também afirmaste: "Irás a todos a quem te enviar e dirás tudo aquilo que eu ordenar". Quem sou eu para argumenta- contigo ou duvidar de sua soberana escolha? A decisão não me cabe, ela é só tua. Assim seja, Senhor. A tua vontade seja feita e não a minha.
Bem sei, Deus dos profetas e dos apóstolos, que enquanto eu te der honra tu me honrarás. Ajuda-me, pois, a fazer este voto solene de honrar-te em toda a minha vida futura e meu trabalho, na felicidade ou na desgraça, na vida ou na morte, e manter esse voto enquanto viver.
Está na hora, ó Deus, de entrares em ação, pois o inimigo inva­diu as tuas pastagens e as ovelhas foram destroçadas e espalhadas. Os falsos pastores andam por toda parte, negando o perigo e rindo dos riscos que o teu rebanho corre. As ovelhas estão sendo engana­das por esses mercenários e os seguem com lealdade tocante enquanto o lobo se aproxima para matar e destruir. Suplico-te, ó Deus, dá-me olhos penetrantes para perceber a presença do inimigo; dá-me enten­dimento para observar e coragem para contar fielmente o que vejo, Torna minha voz tão idêntica à tua que até mesmo as ovelhas doen­tes a reconheçam e te sigam.
Senhor Jesus, aproximo-me de ti para receber preparo espiritual. Impõe sobre mim a tua mão. Unge-me com o óleo do profeta do Novo Testamento. Proíbe que me transforme num escriba religioso e perca assim meu chamado profético. Salva-me da maldição que paira sobre o clero moderno, a maldição da transigência, da imi­tação, do profissionalismo. Salva-me do erro de julgar uma igreja pelo seu tamanho, sua popularidade ou pelas somas que oferece anual­mente. Ajuda-me a lembrar que sou um profeta — não um promotor, nem um administrador religioso, mas um profeta. Não permita que jamais me torne escravo da multidão. Cura minha alma das ambições carnais e salva-me da atração da publicidade. Livra-me da escravidão às coisas. Não permita que desperdice meus dias com trivialidades. Põe teu terror sobre mim, ó Deus, e leva-me para o lugar de oração onde possa lutar com os principados e potestades e com os senhores das trevas deste mundo. Livra-me de comer em excesso e dormir tarde. Ensina-me a autodisciplina para que possa ser um bom soldado de Cristo.
Aceito trabalho árduo e pequenas recompensas nesta vida. Não peço conforto. Procurarei não fazer uso das pequenas manipulações que facilitam a vida. Se outros procurarem o caminho mais suave, tentarei seguir o mais estreito sem julgá-los com demasiada severi­dade. Esperarei oposição e irei aceitá-la quando chegar. Ou, como algumas vezes acontece, se eu vier a receber presentes de agradeci­mento dados por pessoas bondosas, fica comigo então e livra-me do mal que geralmente se segue. Ensina-me a usar o que quer que re­ceba de modo a não prejudicar minha alma nem diminuir meu poder espiritual. E se em tua providência permissiva, eu vier a receber honra através da tua igreja, não deixe que me esqueça nessa hora de que sou indigno da menor de tuas misericórdias, e que se alguém me conhecesse tão bem como eu me conheço, essas honras não se­riam concedidas ou seriam feitas a outros mais dignos de recebê-las. E agora, Senhor do céu e da terra, consagro o restante de meus dias a ti; sejam eles muitos ou poucos, conforme a tua vontade. Faze-me ficar diante dos grandes ou ministrar aos pobres e humildes; essa escolha não é minha e não iria influenciá-la mesmo que pudesse. Sou teu servo para fazer a tua vontade, e essa vontade é mais doce para mim do que posição, riqueza ou fama, e eu a prefiro acima de todas as coisas na terra ou no céu.
Embora escolhido por ti e honrado por um chamamento subli­me e santo, não permita que eu jamais esqueça que não passo de pó e cinzas, um homem com todas as falhas e paixões naturais que perseguem a raça humana. Oro a ti, portanto, meu Senhor e Reden­tor, salva-me de mim mesmo e de todos os males que possa fazer a mim mesmo enquanto tento ser uma bênção para outros. Enche-me com o teu poder pelo Espírito Santo, e na tua força irei e anuncia­rei a tua justiça. Espalharei a mensagem do amor que redime enquan­to tiver forças.
Então, Senhor, quando estiver velho e cansado, não mais poden­do continuar, prepara um lugar para mim lá no alto, e permite que eu possa ser contado com os teus santos na glória eterna. Amém. AMEM.

domingo, março 21, 2010

“O EVANGELHO DE SÃO SIMÃO”

Alguns podem estranhar o título, porém não se trata de mais um livro apócrifo recém descoberto não; é uma referência a um personagem citado no livro de Atos dos Apóstolos, cap.8, onde existe a narrativa de um certo Simão- que antes de sua conversão, praticava a “arte da magia” e com esta havia iludido muitas pessoas (se achava o máximo porque conseguia enganar as pessoas – versos 9 e 11).
Com a pregação do evangelho pelos apóstolos, a Bíblia nos diz que o próprio Simão creu na Palavra – verso 13, sendo inclusive aceito na igreja através do batismo e mais ainda, abandonou o que fazia e passou a caminhar com os discípulos do Senhor.
Que mudança maravilhosa, que conversão tremenda!
Paremos um pouco agora para imaginarmos: - “como era a mensagem que Simão pregava às pessoas que dele se aproximavam? Ex-mágico, agora convertido ao Senhor Jesus...”
Se contextualizarmos a situação, não seria mesmo assim as manchetes nas igrejas? “EX-MÁGICO, AGORA O MÁGICO DE JESUS” estará aqui nesta noite para contar seu testemunho maravilhoso.
É o que vemos: ex-bailarina do Chacrinha; ex-cantor sertanejo; ex-bruxo; ex-jogador de futebol...”ex” para todos os gostos”; sobem nos púlpitos e muitos levam platéias ao delírio contando suas mazelas do tempo de pecado, é glória pra todo lado que se ouve na igreja.
Pessoas ainda desesperadas, muitas nem sequer convertidas verdadeiramente ou em muita confusão porque as igrejas de hoje em dia estão deixando de lado o ensino para se atirarem de corpo e alma “nas estratégias de crescimento”, custe o que custar e o mais rápido possível!
O que vemos?
Vemos o mesmo que aconteceu com Simão, narrado no texto nos versos 18 a 24, onde, vendo o Poder de Deus sendo derramado e o Espírito Santo enchendo os corações das pessoas, ofereceu dinheiro aos apóstolos para “comprar” ou exercer o mesmo poder e autoridade.
Quanta confusão na cabeça do Simão! Será que ele estava realmente convertido de seu passado terrível de pecado? Será que ele era mais um dos que pensam que evangelho é para promoção pessoal e enriquecimento fácil? O que será que passava pela cabeça de Simão?
Ainda bem que os discípulos de Jesus não eram iguais a muitos pastores de hoje em dia, senão se aproveitariam do Simão também para angariar recursos para suas igrejas, para fazerem belas campanhas utilizando o nome do “ex-mágico” para atrair as pessoas. “É só para atrair as pessoas, depois nós falamos do evangelho para elas aqui na igreja!”
Engraçado, não sabia que nós crentes, para ganharmos vidas para o Senhor temos de lançar mão de propaganda enganosa também! Venha, grande noite de curas e milagres, nesta noite, com fulano de tal...” Engraçado, é naquela noite, com fulano de tal, tem que acontecer, senão...
O Senhor vai se ver com eles, porque eles determinam: é naquela noite... tem que ser... é seminário de multiplicação, você vai alcançar “x” almas para o Senhor, é a meta, depois do seminário você vai vê em sua igreja... Parece meta de vendas, aliás, quem fez curso de vendas e marketing sabe que é por aí mesmo!
Creio que o evangelho de Simão está presente nas igrejas de hoje em dia, muito mais do que podemos imaginar; o verdadeiro evangelho, sério e bíblico, está cada vez menos sendo pregado, é substituído a cada dia por arraiais cristãos (incluindo nós, batistas nacionais), ninguém quer perder mais tempo orando, levando folhetos, ensinando a Palavra como ela é e buscando que haja mudança de vida nas pessoas; muitos imaginam que no poder do Senhor pode ser comprado (num seminário de igrejas de poder, ou do fogo renovador, ou com o poderoso irmão dos EUA, ou o grande evangelista fulano de tal, ou com estratégias que levam à regressão, traumas do passado, retiros absurdos onde lavagens cerebrais são realizadas... pessoas saem com medo de DEUS e não convertidas a ELE), enfim, onde iremos parar?
Jesus afirma em seu sermão final (Mt 24 e 25) que o maior sinal do final dos tempos seria a multiplicação dos falsos mestres e falsos doutores... pastores... etc. Não é o que estamos assistindo nestes dias? Um cria a igreja !só para os jovens”, outro, a igreja que tem “poder”, nenhuma outra tem, só a dele; outro cria a igreja dos pó stars – das celebridades... antigamente (e biblicamente) igreja era para família toda – pais e filhos servindo ao Senhor da seara juntos, num pic-nic juntos, famílias inteiras servindo ao Mestre!
Será que temos coragem de colocar um artigo destes em nosso jornal da CBN? Ou vai ofender alguns que estão gostando destas práticas e se aproveitam delas para encher suas congregações com pessoas cada vez mais vazias?
Só o Senhor é DEUS, que Ele tenha misericórdia de nós!
Pr. Omar Bianchi

sábado, março 13, 2010

Dwight L. Moody - Um exemplo a ser seguido!

Dwight Lyman Moody (5 de fevereiro de 1837- 22 de dezembro de 1899), também conhecido como D.L. Moody, foi um evangelista e editor americano que fundou a Igreja Moody, a Escola Northfield, a Escola Mount Hermon em Massachusetts (agora chamada Escola Northfield Mount Hermon), o Instituto Bíblico Moody e a Moody Press.
Juventude
O pai de Dwight Moody era alcoólatra e morreu aos 41 anos. Dwight tinha somente quatro anos e era o mais jovem de sua família nesse momento.
Moody mudou-se para Boston em busca de trabalho. Trabalhou com seu tio em uma sapataria. Uma das exigências de seu tio era que Moody freqüentasse uma igreja; entrou para a Igreja Congregacional. Ele freqüentou, mas não estabeleceu um relacionamento pessoal com Deus até mais adiante. Certo dia, um professor falou-lhe sobre quanto Deus o amava. Moody converteu-se então ao cristianismo. Sua conversão iniciou sua carreira como evangelista.
O trabalho conduziu sua escola dominical em Chicago a ser a maior da época. Moody trabalhou tão arduamente que no decorrer de um ano a incidência média em sua escola era de 650 pessoas, enquanto sessenta voluntários de varias igrejas trabalhavam como professores. A escola chegou a ser tão conhecida que o recém eleito presidente Lincoln visitou e falou em uma reunião da escola em 25 de novembro de 1860.
Sua vida mais adiante
Depois do começo da Guerra Civil, se uniu à Comissão Cristã Americana (YMCA – A ACM do Brasil). Em Chicago, Moody trabalhou para começar uma escola dominical para crianças nas zonas mais pobres da cidade. Logo teve mais de 1000 crianças além de seus pais freqüentando semanalmente. Em 1862, o presidente americano Abraham Lincoln visitou a escola. A congregação cada vez maior necessitava de um lugar permanente, assim Moody começou uma igreja em Chicago, a Illinois Street Church. Quando a igreja se queimou no Grande Incêndio de Chicago, foi reconstruída após três meses em uma localidade próxima, sob o nome de Chicago Avenue Church.
Em uma viagem à Inglaterra, Moody se fez mais conhecido como evangelista, a ponto de haver sido chamado de maior evangelista do século XIX. Sua pregação teve um impacto tão grande como as de George Whitefield e John Wesley dentro da Grã-Bretanha, Escócia e Irlanda. Foi contemporâneo do pregador Charles Haddon Spurgeon, chegando a pregar, nessa ocasião de sua viagem, no Tabernáculo Metropolitano de Londres, em 1873. Em varias ocasiões encheu estádios com capacidade entre 2 mil e 4 mil pessoas. Em uma reunião no Botanic Gardens Palace se juntaram entre 15.000 e 30.000 seguidores. Este séqüito continuou em 1874 e 1875, com as multidões em todas as reuniões. Quando voltou aos Estados Unidos, as multidões de 12.000 a 20.000 eram tão comuns como na Inglaterra. Suas reuniões evangélicas se celebraram de Boston a Nova York, passando por Nova Inglaterra e outros povos da costa oeste, como Vancouver e San Diego.
Entre 1884 e 1891, Moody mostrou-se ativo em campanhas evangelísticas nos EUA e no Canadá. Estabeleceu o Instituto Bíblico de Chicago que mais tarde mudou de nome para Instituto Bíblico Moody que tem servido de grande força aos evangélicos e tem preparado pregadores, missionários e líderes que têm trabalhado em todos os continentes do mundo. Sua pregação era caracterizada por aqueles que o ouviam, como direta, sincera, franca, sem enfeites, não-gramatical, sempre simples mas enormemente sincera e convincente. Moody era homem simples e honesto no tocante ao dinheiro, como em tudo o mais. Não aceitava lucros e todos os proventos das vendas do hinário de sua autoria e de Ira D. Sankey eram administrados por uma junta de encarregados, e eram destinados ao sustento das escolas de Northfield. Aproximando sua morte, ele era relativamente pobre. Ele declarou: "minha esposa e meus filhos simplesmente terão que confiar no mesmo Deus em que tenho confiado".
Deu seu último sermão em 16 de novembro de 1899. R.A. Torrey foi o sucessor de Moody como presidente do Moody Bible Institute. Dez anos depois de sua morte, a Chicago Avenue Church foi renomeada como Igreja Moody em sua homenagem.
Fonte"http://pt.wikipedia.org/wiki/Dwight_L._Moody"

segunda-feira, março 08, 2010

TESTEMUNHO CRISTÃO

Texto Completo: At 1.8; 2.1-4; 4.32,33
Texto Básico: Mt 5.13-16

INTRODUÇÃO
“O cristão é cidadão de dois mundos – o reino de Deus e o Estado político - e deve obedecer à lei de sua pátria terrena, tanto quanto à lei suprema. No caso de ser necessária uma escolha, o cristão deve obedecer a Deus antes que ao homem” (MBBN pág. 18).
O ensino bíblico para o crente, em seu testemunho cristão, chega a colocá-lo como alguém que se entrega integralmente a Cristo, para viver ou morrer, como afirmou Paulo: “E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus” (2 Co 4.11).

I- O TESTEMUNHO DO CRISTÃO NA IGREJA
Pode parecer difícil ser bom crente na Igreja, mas não é. O crente vive num meio de pessoas piedosas e que facilmente confiam nas outras pessoas. Também, se a outra pessoa for hipócrita, não é problema nosso, mas dela com Deus.
1. O cristão deve fazer-se presente nas reuniões da Igreja. Nenhum servo do Senhor poderá ser abençoado no seu testemunho, se estiver sempre ausente. Presente às reuniões, ele estará na hora em que as grandes coisas vão acontecer. E só Deus sabe de antemão em que momento será. (Até o arrebatamento da Igreja será assim!) Jesus subiu ao céu na presença de quinhentos irmãos, pelo menos é o que podemos inferir de 1 Co 15.6, pois foi a reunião em que havia maior número de crentes, depois de sua ressurreição. Ele deixou a ordem para que ficassem em Jerusalém até serem revestidos do poder (At 1.4,5, citando Lc 24.49). Mas só 120 estavam no momento do Pentecostes. Os outros ausentes, perderam essa bênção. Que pena!
2. O cristão deve participar ativamente dos trabalhos da Igreja. O crente deve olhar para a oportunidade de trabalhar na igreja como uma oportunidade para crescer espiritualmente. Cresce mais quem trabalha mais. Assim é no mundo físico e espiritual. O atleta que mais se exercita será mais indicado para obter a vitória, pois seu preparo será melhor. Na vida espiritual, será vencedor o crente que mais exercitar a sua fé. E isso só é possível no serviço da Igreja. Jesus deu exemplo de trabalho (Jo 5.17) e deu ordem para trabalharmos (Jo 6.27). Paulo mandou trabalhar (Ef 4.28) e disse que quem não quiser trabalhar não deve comer (2 Ts 3.10). Não estamos falando de cargos. O crente nunca deve trabalhar só quando tem cargo; mas deve trabalhar sempre e voluntariamente.
3. O cristão deve observar com fé, as obras que Deus faz.
Muitas vezes acontece, ao sair de uma reunião onde a bênção de Deus foi abundante, ouvir-se alguém dizer: “Eu não vi nada! Não senti nada!” É lamentável isso. Ele estava presente, todos foram ricamente abençoados, mas ele estava cego, sem qualquer tipo de fé, pelo que nada viu e nada sentiu. Logo, não basta estar presente. É necessário olhar com fé. Sem fé não se pode agradar a Deus (Hb 11.6). Ver o que acontece é também uma forma de testemunhar. E quem não vê o que Deus faz não pode falar com autoridade. Vejam as palavras de Pedro e João: “Porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido” (At 4.20). Sejamos assim


II- O TESTEMUNHO DO CRISTÃO NA SOCIEDADE
Dissemos acima que não é difícil ser bom crente na Igreja. Na sociedade, também não é muito difícil. Basta declararmos logo o que somos. Se ocultarmos nossa identidade, aí sim, será muito penoso.

1. É preciso viver de conformidade com os ensinos de Cristo. A primeira coisa que o crente precisa é viver segundo Cristo. Falar sem viver terá o efeito do sino que toca, mas nada diz em seu sonido (1 Co 13.1). Pedro negou a Jesus em suas palavras e ninguém diz que ele agiu bem. Mas uma coisa é verdade: O seu testemunho o desmentia. Todos que olhavam para ele diziam ser ele um dos discípulos de Jesus. Se fosse o contrário não seria pior? Se ele dissesse ser discípulo e todos olhassem e vissem não ser isso verdade? Pois é exatamente o que acontece com quem prega, mas dá mau testemunho.
2. É preciso falar a respeito de Cristo, mas falar a verdade. Podemos falar de Jesus e de suas obras a vida inteira, sem repetir e nunca iremos esgotar o assunto. Mas há pessoas que dizem mentiras em nome de Jesus. Exemplo: Afirmam que Jesus curou, citando fatos que nunca aconteceram. Afirmam que Jesus fez tal maravilha, sendo que tal não aconteceu. Para que isso? Às vezes, para tomarem a glória para si, dizendo: “Eu orei e Jesus fez isso...” A glória aí não é para Jesus, mas para o “EU”. Podemos falar de Jesus, mas devemos falar a verdade apenas, como João, que “não fez sinal, mas tudo quanto disse deste (Jesus) era verdade. E muitos ali creram nele” (Jo 10.41,42).
3. É preciso falar do que conhecemos: pelo estudo, pela observação do que vemos Deus operar em nosso meio, pela experiência pessoal. Falar de uma experiência é agradável, porque é coisa confirmada na prática. O ouvinte sente que o mesmo pode acontecer com ele. E cada experiência é diferente de todas as outras. Além disso, ninguém se esquece de uma história que ouviu alguém contar.

III- O TESTEMUNHO CRISTÃO NO LAR
Este o lugar mais difícil para o cristão dar o seu testemunho. No lar todos conhecem suas fraquezas, existem os conflitos normais da convivência familiar, que enfraquecem o testemunho. Isso, porém, não nos deve desanimar. A graça divina compensa nossas fraquezas.

1. Atritos familiares fazem parte do dia a dia do lar. Se houver um atrito no lar e o crente se sentir derrotado, então estará derrotado, mas sem necessidade. Cada pessoa tem temperamento e personalidade diferentes das demais. Logo, a convivência dessas pessoas deve gerar atritos. Nada mais do que normal. O que o cristão precisa é praticar os ensinos bíblicos sobre o perdão, deve cultivar a humildade para reconhecer os próprios erros e exercitar a prática da confissão e da reconciliação. A Bíblia diz: “Irai-vos e não pequeis” (Sl 4.4); “Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira” (Ef 4.26). Então podemos até ficar irados, mas fugir de pecar, pela reconciliação antes do pôr-do-sol, ou seja, nunca deixar a reconciliação para o dia seguinte.
2. No lar, a vida fala mais alto que as palavras. É verdade que em todo lugar a vida do crente fala mais alto do que suas palavras. Mas no lar isso é muito mais verdade. Por exemplo: Todos em casa criticam o crente. Mas, quando estão todos em desespero, pedem ao crente que faça uma oração, que peça à Igreja e ao pastor para orar, porque, na realidade todos na casa sabem que aquele que é crente, mesmo com suas fraquezas, tem uma íntima comunhão com Deus. Quanto às dificuldades da convivência no lar, diz a Bíblia: “... os inimigos do homem são os da sua própria casa” (Mq 7.6b). E as bênçãos na vida do crente são para sua casa: At 16.31.
3. É preciso orar e pedir a Deus o cumprimento de suas promessas aos lares dos cristãos. Citemos o exemplo de Neemias: Quando ele se viu diante da tristeza pelas noticias da miséria em que viviam os judeus, ele orou pedindo a Deus o cumprimento de suas promessas (Ne 1.5-11), confessando os pecados de todo o povo, como autêntico sacerdote. Nós somos sacerdotes de nossa família também. Quando pedimos em oração o que é da vontade de Deus, é claro que Ele nos atende: “... se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve” (1 Jo 5.14).


APLICAÇÕES

1. Como cristãos, somos cidadãos de dois mundos: material e espiritual. Devemos ser fiéis a ambos, mas primeiro ao reino do céu.
2. Como cristãos, à semelhança de Cristo, devemos entregar nossas vidas a Deus incondicionalmente, como sendo entregues à morte por amor a Cristo.
3. Devemos testemunhar de Cristo em todos os lugares, sabendo que nossas fraquezas não são impedimento ao testemunho. Com fé e coragem, obteremos confirmação de Deus.
Pr.Waltensir L.Silva
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As fotos que aparecem nessa lição são de famílias que representam exemplos de testemunho cristão a serem seguidos. São famílias que atuam no campo missionário e que abdicaram de tudo que muitas pessoas entendem como necessárias e primordiais para se ter uma vida plena de realizações.
Para eles o mais importante é transmitir a mensagem de Salvação, anunciando a Jesus Cristo como Único Senhor e Salvador de nossas almas.
Vidas têm sido alcançadas através do exemplo de dedicação e amor demonstrado por todos eles.
Que o Senhor continue abençoando a cada um de uma forma especial em seus ministérios.
Pela ordem as fotos dos amados irmãos são:
1) Henrique Adas;
2) César e Kívia;
3) Carlos e Ana;e
4) Pr Fernando e família.
Sigamos o exemplo de homens e mulheres como os amados irmãos. Muitos outros irmãos que atuam no campo missionário serão lembrados ao longo de nossas postagens e o mais importante: Não deixemos de orar em favor da vida e da obra que a cada um foi outorgada pelo Senhor.
Sempre juntos em Jesus.
Antonio Carlos