terça-feira, novembro 24, 2009

AMARGURA E RESSENTIMENTO NA IGREJA


Os dicionários registram a palavra amargura com o significado de angústia, dor, tristeza, aflição, acrimônia, azedume, ressentimento, mágoa. Pode-se falar de amargura com tais significados na Igreja? Há realmente crentes angustiados, tristes, aflitos, azedos, acrimoniosos? A Igreja, o corpo de Cristo, por sua origem em Deus, e porque constitui-se de pessoas regeneradas, não deveria ser imune a tais coisas?
Infelizmente, reconheçamos, há membros em nossas Igrejas que não somente vivem amargurados, mas também distribuem amargura, contagiando o ambiente da Igreja, que deveria exalar amor e santidade. Deus não deseja para o crente uma existência de amargura, mas uma vida que mostre o fruto do Espírito: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gál. 5.22,23).
AMARGURA É PECADO

A palavra “amargura” aparece três vezes no Novo Testamento, na Nova Versão da Imprensa Bíblica Brasileira. A primeira referência, em Atos 8.23, relaciona-se com Simão de Samária, que ofereceu dinheiro aos apóstolos, tentando comprar um poder de natureza espiritual. Pedro disse-lhe que ele se achava “em fel de amargura e em laços de iniquidade”, e que sofreria sério castigo, se não se arrependesse imediatamente.
A segunda referência, em Romanos 3.14, liga amargura e maldição na vida dos que estão debaixo do pecado. Este texto caracteriza a amargura como sentimento próprio de quem vive afastado de Deus.
A terceira referência aparece em Efésios 4.31, e faz parte de uma passagem em que o apóstolo opõe a santidade cristã aos costumes dos gentios, aconselha os crentes a se despojarem do “velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano” (Ef. 4.22), e recomenda: “Não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção.”
Amargura é, pois, pecado, que precisa de arrependimento. Amargura como pecado afasta o homem de Deus. A amargura entristece o Espírito e impede a operação dele no crente e na vida da Igreja.

OS MALES DA AMARGURA

O maior prejuízo trazido pela amargura ao crente e à igreja é de natureza espiritual, pois, como afirmamos linhas acima, entristece o Espírito, e interrompe a comunhão com Deus. Esse fato já daria motivos suficientes para lutarmos contra a existência de tal sentimento no meio do povo de Deus. Há mais, no entanto.
Tim LaHaye, autor de “Temperamento Controlado pelo Espírito”, trata a amargura como variação da ira que prejudica o individuo em termos emocionais, físicos e sociais. As virtudes e defeitos de uma comunidade correspondem ao somatório das qualidades e falhas dos indivíduos que a compõem. Se há indivíduos amargurados na igreja, a comunidade eclesiástica sofrerá, sem dúvida.
A amargura adoece o estado de espírito, e leva o indivíduo a tomar “decisões prejudiciais, devastadoras ou embaraçosas”. Com isso, a pessoa, além de prejudicar-se, estende esse prejuízo a seus familiares, aos que dela dependem, aos que com ela se relacionam, ao contexto social de que participa.
Uma pessoa amargurada torna-se solitária, sozinha, porque os outros dela se afastam, incapazes de suportar o seu mau humor, que se mostra não somente através das palavras, mas também por atos e atitudes.
Um indivíduo amargurado atrai enfermidades, porque, acentua LaHaye, “a ira e o amargor causam tanta tensão, a qual, por sua vez, produz o desequilíbrio físico, de modo que milhares de reais são desnecessariamente gastos pelos cristãos com médicos e drogas”.

POR QUE CRENTES AMARGURADOS?

Já dissemos que amargura é pecado. E a causa da existência desse trágico sentimento nas pessoas pode ser vista na presença do egoísmo.
Somos geralmente cônscios de nossos direitos. Não nos preocupamos tanto com os deveres. Mas quanto aos direitos, nós os exageramos até. Quando alguém toca nos nossos preciosos direitos, desperta-se o leão que habita dentro de nós, enchendo-nos de ira; guardamos a mágoa no coração; ruminamos um ressentimento que dá origem à amargura. É por isso que a Bíblia recomenda: “Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira” (Ef. 4.26). Abrigar e alimentar mágoa e ressentimento no coração dá como conseqüência vida amargurada.
Quando vemos a vitória de outros, alcançando algo que não conseguimos, alimentamos ciúme e inveja, e daí para a amargura não vai mais de um passo. Quando alguém diz uma palavra que mexe nos nossos problemas, em nossas falhas e deficiências, nós nos aborrecemos, e nos voltamos contra tal pessoa, deixando que o ressentimento domine o nosso coração.
Há crentes amargurados porque estamos dando lugar ao diabo, cedendo terreno ao egoísmo, permitindo a ocupação de nosso coração pelo pecado, entristecendo o Espírito Santo de Deus. Amargura é pecado, não se pode fugir disso. E quem cultiva a amargura, e concorda com sua instalação no coração, está deixando o pecado dominar e dirigir sua vida, interrompendo assim a comunhão com o seu Deus.
O REMÉDIO PARA A AMARGURA

Reconhecer a amargura como pecado é o primeiro e grande passo para a cura deste mal terrível que adoece a vida cristã individual, e polui a atmosfera da igreja a que pertencemos.
A Bíblia ensina aquilo que o crente deve fazer, quando tiver de tratar com o pecado. Veja I João 1.9.
Davi viveu experiência semelhante, conforme registra Salmos 32: “Enquanto guardei silêncio, consumiram-se os meus ossos... o meu humor se tornou em sequidão de estio.” Quando tomou a decisão de confessar-se ao Senhor, Davi encontrou o perdão, e o remédio para a amargura: “Confessei-te o meu pecado, e a minha iniquidade não encobri... e tu perdoaste a culpa do meu pecado.” E aquele que tinha um humor como sequidão de estio vê-se agora cercado de “alegres cânticos de livramento”.
A confissão lava o coração do crente. Pela consagração e dedicação ao Senhor, o Espírito Santo ocupa aquela parte de nossa vida, antes destinada ao pecado. E a amargura é banida do coração.
Pr. Omar Bianchi

segunda-feira, novembro 09, 2009

AMOR E FALTA DE AMOR NA IGREJA

A Igreja de Jesus Cristo é uma comunidade fundada no amor.

O inigualável, indescritível e imensurável amor de Deus providenciaram a salvação do homem. O amor de Jesus Cristo, entregando-se no Calvário, deu sentido ao sacrifício todo-suficiente, que nos livra do pecado e de suas conseqüências trágicas e danosas, e nos restaura à comunhão com Deus. Eis o primeiro fundamento necessário à existência da Igreja.
A Igreja fundamenta-se também no amor do crente para com Deus. Jesus disse estas palavras, quando respondia uma pergunta sobre o grande mandamento (Mt 22.37). Num dos últimos encontros com seus discípulos, já após a ressurreição, Jesus colocou o amor como condição básica para o ministério de seus servos ao mundo: “Amas-me?... Pastoreia as minhas ovelhas” (João 21.16).
Além do amor de Deus, a Igreja existe em função do amor dos crentes, uns para com os outros. A necessidade de amor mútuo constitui freqüente recomendação aos crentes das igrejas primitivas, nas epístolas do Novo testamento. Tais recomendações aplicam-se igualmente, sem dúvida alguma, às condições de nossas igrejas nos dias atuais.

O AMOR NA IGREJA PRIMITIVA
O livro de Atos dos Apóstolos oferece-nos registros breves, mas reveladores da comunhão fraternal na igreja primitiva. O liame dessa fraternidade era o amor. Os crentes “estavam unidos e tinham tudo em comum” (Atos 2.44,45).
Não havia na igreja primitiva um regime comunista, pois ninguém era forçado a ceder seus bens para distribuição entre os pobres. Os crentes proprietários não sofriam o confisco de suas riquezas. O amor de uns para com outros, isso sim, movia os cristãos a dividirem suas posses com os mais necessitados.
Nas epístolas, Paulo testemunha do amor existente nas igrejas de seu tempo. Os crentes de Macedônia e Acaia, responderam positivamente, e de imediato, ao apelo de socorro aos irmãos da Judéia. Por outro lado, os crentes da Judéia, beneficiados pelo amor e liberdade dos de Macedônia e Acaia, demonstram “ardente afeto” por eles (II Co 9.14).
Paulo não cessava de dar graças a Deus pelo amor dos efésios “para com todos os santos” (Ef. 1.15,16). Ele sentia-se profundamente tocado com a participação dos filipenses nos seus sofrimentos. Eles se identificaram com o pregador, porque um profundo amor foi gerado em seus corações. E o apóstolo quer mais: “Que o vosso amor aumente mais e mais” Os colossenses também experimentavam “amor para com todos os santos” (Cl 1.4).
Poderíamos multiplicar citações e referências bíblicas que mostram as igrejas dos tempos apostólicos como comunidades onde se respirava um ambiente de amor. Bastam-nos, entretanto, para este estudo, as que mencionamos. E sirvam-nos esses exemplos.
FALTA DE AMOR NA IGREJA PRIMITIVA
Não havia apenas amor na igreja apostólica.
Por vezes, somos assaltados por um complexo de inferioridade, quando comparamos nossas igrejas com as dos tempos neo-testamentários, e imaginamos as igrejas do primeiro século como comunidades perfeitas em santidade e amor. É bom lembrar, para nosso consolo, que os crentes das igrejas daqueles tempos eram homens e mulheres como nós, sujeitos às mesmas paixões e falhas, e aos mesmos pecados. Havia amor, mas existia também falta de amor, insinceridade, orgulho, vaidade.
Eis alguns exemplos:
1-
Ananias e Safira não agiram com sinceridade e amor, quando tentaram imitar a Barnabé. Por isso receberam duro castigo (Atos 5.1-10).
2- Houve necessidade de serem escolhidos sete homens para servirem às mesas (Atos 6.1-6), porque aconteciam irregularidades e preferências indevidas no serviço de beneficência da Igreja em Jerusalém.
3- Paulo entristeceu-se com a falta de amor na Igreja de Corinto, que enfrentava problemas relacionados com sérias dissensões (I Co 1).
4- Na carta aos Gálatas, o apóstolo usa uma linguagem dura, jamais dirigida a pessoas que se amam realmente (Gl 5.15).
5- Paulo reclamou daqueles que o abandonaram, com referência especial a Alexandre, o latoeiro, que lhe “fez muito mal” (II Tm 4.14).
6- O escritor da Carta aos Hebreus sente necessidade de apelar à consideração entre os irmãos no amor, e às boas obras (Hb 10.14).
7- João, na sua Terceira Carta, refere-se em tom de lamento a Diótrofes, que se servia de uma posição elevada para exercer uma influência maléfica entre os crentes (vv. 8,10).
É POSSÍVEL AMAR
Havia crentes na igreja primitiva que agiam com insinceridade, hipocrisia e maldade. Mas a ausência de amor por parte de alguns não impedia que muitos buscassem a vontade de Deus, e se esforçassem para a existência de um ambiente de amor e comunhão fraternal na igreja.
Por outro lado, o fato de muitos hoje não darem sua colaboração pessoal e espiritual, para que as igrejas se tornem comunidades de amor, não invalida nosso anseio e nosso esforço, nem significa que seja impossível o amor entre nós. O amor é possível. É possível amar.
Muita gente imagina o amor como um sentimento involuntário, fora de nosso controle pessoal. Para tal gente, o amor aparece ou desaparece, de maneira independente de nossa vontade. Alguns chegam a dizer: “Meu coração não pede para eu amar.” Acontece, porém, que Jesus mandou amar até os inimigos. E Ele deu tal mandamento porque é possível aprender a amar, é possível cultivar e desenvolver amor.
Jesus aponta a unidade dos crentes, unidade que se forma através do amor mútuo, como um sinal que corrobora a pregação do evangelho da graça (João 17.21,23).
O amor entre os crentes, o ambiente de legitima comunhão fraternal nas igrejas, uma identificação dos filhos de Deus nas alegrias e tristezas, nos sofrimentos e vitórias, uns dos outros em poderosa mensagem que os cristãos pregam ao mundo a respeito de Deus o Pai, e de seu Filho, Jesus Cristo.
Pr.Omar Bianchi



sexta-feira, novembro 06, 2009

Selo "S.O.S. Amor ao Próximo"

Este selo passará a ser o selo "oficial" dos blogs que administramos e será distribuído e retirado por todos aqueles que como diz o título têm “amor ao seu próximo” e não medem esforços para ajudá-los na difícil caminhada pela qual todos passamos, principalmente os de menores recursos nos dias que vivemos.
Para mim esse selo é mais que um símbolo e foi criado muito antes de existir internet e as possibilidades que temos hoje em dia, pois é a logomarca de um Grupo de Assistência que utilizamos durante muitos anos em um trabalho que realizávamos junto a Asilos, creches, orfanatos e famílias carentes e, apesar de não estar atualmente em atividade, ainda existe e nunca saiu de meu coração e quando o Senhor nos conceder novamente condições para retomá-lo o faremos com satisfação, pois está diretamente ligado ao meu chamado junto ao corpo de Cristo.
Por que esse saudosismo?
Amados, vivemos dias em que as pessoas de um modo geral não se importam a mínima com seus semelhantes.
Quando vêem uma pessoa pedindo ajuda nas ruas, dificilmente atendem ao apelo que lhe foi feito e justificando de muitas formas têm na ponta da língua os motivos por não fazê-lo: “Eu não dou dinheiro nas ruas porque:
a) Será usado para consumir drogas;
b) Será usado para consumir bebidas alcoólicas;
c) De nada adianta dar o peixe é necessário ensinar a pescar;
d) Com tanto emprego sobrando eles procuram os meios mais fáceis para conseguir o sustento.
e) Etc.
Dias desses estava em uma rua da cidade de São Paulo e vi uma moça com duas crianças pedindo ajuda para todos que encontrava. A Rua é a conhecida José Paulino, no bairro do Bom Retiro, que outrora fora reduto de judeus, mas que hoje mais parece o centro de uma cidade coreana.
Quem vai à Rua José Paulino vai com a intenção de comprar e comprar muito, pois os preços são excelentes e não poucas pessoas comprar os produtos e revendem em suas cidades.
Observei aquela moça pedindo sem obter êxito por um bom tempo, até que ela se chegou a mim e perguntando o que ela precisava, me disse que estava sem comer e que seus filhos estavam passando muito mal por isso. Era do interior de São Paulo e estava em tratamento médico em São Paulo e que apesar das tentativas de conseguir localizar a Igreja da qual fazia parte em sua cidade não havia conseguido.
Expliquei-lhe que iria com ela comprar os alimentos e entendemos que era melhor adquirir uma cesta básica e alguns complementos para que passasse pelo menos uma semana e assim teria ao menos forças para buscar ajuda, até que ela chegasse.
Se eu não tivesse perguntando o que ela preferia: uma refeição ou uma cesta para ela mesma preparar, dignamente a sua refeição, eu nunca saberia pó que poderia fazer para auxiliar.
Isso foi acaso? Eu não acredito e nunca acreditei em acasos. Acasos não existem principalmente em relação à necessidade de nossos semelhantes e até que me provem o contrário carregarei essa convicção em meu coração.Um certo homem de Deus, costuma dizer aos seus alunos que eles devem ler a Palavra de Deus com “os olhos abertos” para poderem compreender não apenas o texto, mas o seu contexto de forma clara e límpida, para depois expressarem o seu conteúdo aos que os ouvem. Da mesma forma, nós que nos dizemos cristãos, devemos também andarmos e olharmos para nossos irmãos que passam por necessidades como cartas vivas que o Senhor colocou diante de nós e “lermos com os olhos abertos” a situação pela qual estão passando e assim, com um coração sincero e aberto para ajudar, o façamos desprendidamente, na certeza de que o mais próximo daquele irmão somos nós mesmos.
Lembremo-nos da parábola do bom samaritano (Lc 10.25-37) e sigamos o seu exemplo.
A dor, a fome, o desespero, o sofrimento, o abandono, o desemprego, a violência, não pedem carteira de identidade nem filiação religiosa. Ela pode alcançar qualquer um de nós. Não esqueça isso, principalmente você que um dia foi alcançado pela graça redentora do Senhor Jesus.
Porque estou falando isso? Para me vangloriar? Podem ter certeza que não e quem me conhece sabe que não fico divulgando o que não passa de obrigação como se fosse alguma virtude.
Estou dizendo isso, porque é lugar comum no meio do “povo de Deus” que uma pessoa que entregou o seu coração a Jesus, NUNCA mendiga o pão, e isso veio provar que essa afirmação não é verdadeira, e já sabíamos disso há muito tempo, basta verifica a situação de tantos missionários e novos convertidos em países com perseguição religiosa ou em países africanos e constataremos que essa afirmação é equivocada.
E por que eu trouxe essa situação à baila?
Porque muitos estão buscando alcançar o céu na terra através das conquistas materiais que lhes são prometidas, não pela Palavra de Deus, mas por homens e mulheres que dizendo-se de Deus os estão enganando a todo momento, e não se importam de encher os bolsos desses falsos lideres religiosos com o dinheiro que poderiam e deveriam auxiliar ao seu próximo enquanto este está perecendo e padecendo de tantas necessidades, que os “espirituais” não conseguem enxergam, porque sendo tão “espirituais” estão com seus olhares sempre voltados para os céus e nunca para a terra, nunca para seus vizinhos, nunca para os seus irmãos que a exemplo dele, também foram criados à imagem e semelhança de Deus.
Esse selo está sendo distribuído para os blogs abaixo porque sei do compromisso que eles têm com a mensagem do mesmo, mas se você que está lendo os motivos pelos quais o estamos disponibilizando também crê no que dissemos e deseja levá-lo para o seu blog, basta seguir as regras abaixo.

Regras:
1. Você deve amar ao seu próximo como a si mesmo.
2. Você deverá assumir um compromisso de orar para que o Senhor lhe dê um coração sensível e visão como a das águias para enxergar as possibilidades de ajudar seu irmão necessitado.
3- Ore ao Senhor para que o formato físico de nosso país (um coração) possa refletir o sentimento de cada um de seus habitantes pelos seus semelhantes.
4- Ore ao Senhor para que o amor que está em seu coração seja espalhado por todos os recantos do planeta e que todos possamos nos amar, independentemente da fé que professamos.
5- Distribua-o a quem você desejar, não esquecendo de avisá-lo, mencionando apenas essas regras básicas e não precisa divulgar de onde ele se originou. Nosso desejo é propagar a necessidade do amor e não divulgar nosso espaço.

Se você está sujeito a seguir as regras meus parabéns, o selo “S.O.S.Amor ao Próximo” foi elaborado exclusivamente para você. Creia, você é um homem ou uma mulher segundo o coração de Deus.

Sempre juntos em Jesus.

quinta-feira, novembro 05, 2009

Coisas que não valem a pena tentar

Esse é um ditado antigo e sábio: "Não gaste tudo o que você tem, não acredite em tudo que ouve e não faça tudo o que pode." Há tanto trabalho a fazer que precisa de nossas mãos que é uma pena desperdiçar um grão de nossa força. Quando o jogo não vale a pena, abandone-o logo. É perda de tempo procurar água em uma fonte seca, ou sangue em um nabo, ou sentido em um tolo. Nunca peça dinheiro a um homem avarento até ter conseguido cozinhar uma pedra. Não processe um devedor que não tenha um centavo para abençoá-lo, você apenas joga dinheiro fora, isso é o mesmo que perder o furão sem caçar o coelho. Nunca ofereça um espelho a um homem cego; se um homem é tão orgulhoso a ponto de não ver suas imperfeições, ele apenas discutirá com você a fim de apontá-las fora dele mesmo. Não adianta segurar uma lanterna para uma toupeira ou falar sobre o paraíso para um homem que não liga para nada a não ser o seu dinheiro. Há um momento certo para tudo, e é uma tolice pregar para homens bêbedos, é o mesmo que jogar pérolas aos porcos. Faça-os ficarem sóbrios e, depois, converse sério com eles; se você os repreende enquanto estão bêbedos, age como se você mesmo estivesse bêbedo.
Não coloque um gato na boléia ou homens em lugares que não foram feitos para eles. Não há como transformar maçãs em ameixas. É uma pena transformar um macaco em um ministro ou uma empregada, em uma senhora. Muitos pregadores são bons alfaiates frustrados ou ótimos sapateiros que não seguiram seu chamado. Quando Deus determina que uma criatura voe, ele lhe dá asas; e quando pretende que homens preguem, dá-lhes habilidade para isso. É uma pena empurrar um homem para a guerra, se ele não sabe lutar. E é melhor desencorajar a escalada de um homem, do que ajudá-lo a quebrar o pescoço. Bolsas de seda não são feitas de orelhas de porco, e os porcos jamais tocarão bem flautas, por mais que os ensine a fazer isso.
Não é sábio almejar o impossível – é um desperdício de pólvora atirar no homem na lua. Fazer reuniões para corrigir alguém é um método muito sensato, se comparado ao que almejam alguns amigos meus, de Londres, que tentam conseguir dinheiro comprando quotas em empresas; seria mais rápido agarrar o vento com uma rede ou carregar água em uma peneira. Fazer bolhas é uma ótima diversão para meninos, mas empresas de bolhas são ferramentas afiadas com as quais ninguém deveria brincar. Se meu amigo tem um dinheiro que ele está em condição de perder, ainda assim não há razão para que ele o dê para um grupo de velhacos. Se eu quisesse me livrar da minha perna não procuraria um tubarão para devorá-la. Antes dar seu dinheiro aos tolos que deixar os embusteiros bajularem você por isso. Não vale a pena fazer coisas desnecessárias. Nunca use gordura em uma porca gorda ou elogie um homem orgulhoso. Não faça roupas para peixes ou capas para altares. Não pinte lírios ou enfeite o evangelho. Nunca enfaixe a cabeça de um homem antes de estar quebrada ou conforte uma consciência que não se confessou. Nunca levante uma vela para o sol ou tente provar uma coisa de que ninguém duvida. Eu não aconselho ninguém a tentar uma coisa que vale menos do que custa. Você pode aromatizar um chiqueiro com lavanda, e um homem com um péssimo estilo de vida pode mostrar um bom caráter com demonstração externa de religião, mas com o tempo, ele se torna um caso perdido. Se nossa nação fosse sensível varreria um bom bocado de gente gastadora, mas inútil, que toma o malte que tem na casa construída pelo Jack, essa gente vive do estado, mas presta pouco serviço a ele. Pagar alguns reais a um homem para ganhar um centavo é muito mais inteligente do que manter bispos que se reúnem apenas para contar os pontos feitos e conversar sobre o melhor modo de não fazer nada. Se o velho cão do meu mestre fosse tão dorminhoco como os bispos, ele seria morto porque não valeria o custo da manutenção. De qualquer modo, o tempo de prestação de contas se aproxima tão certo como a proximidade do Natal.
Há muito tempo, a experiência ensinou-me a não discutir com ninguém sobre gostos e caprichos; alguém também pode questionar o que você consegue ver no fogo. Que utilidade teríamos se arássemos o ar ou tentássemos convencer alguém, independentemente das conseqüências finais? Não adianta tentar encerrar uma discussão ficando com raiva; isso é quase a mesma coisa que despejar óleo no fogo para apagá-lo ou soprar as brasas com o fole para acabar com elas. Algumas pessoas gostam de confusão – não invejo a escolha, eu prefiro caminhar dez quilômetros para sair de uma que andar meio metro para entrar nela. Com freqüência, tentam me induzir a ser corajoso e agarrar o touro pelos chifres, mas como eu penso que a diversão é mais agradável que proveitosa e que devo deixá-la para os que já estão tão arrebentados que nem mesmo chifrada seria capaz de estragar a cabeça deles. Salomão diz: "Resolva a questão antes que surja a contenda", o que é quase a mesma coisa que dizer: "Desista antes de começar". Quando você encontrar um cachorro louco não discuta com ele, a não ser que tenha certeza de estar certo. Em vez disso, desvie do caminho dele, se ninguém o chamar de covarde, você não precisará chamá-lo de tolo — todo mundo sabe disso. O envolvimento em disputas não leva a nada, "não toque em casa de marimbondos" e não derrube as casas velhas sobre sua cabeça. Tenham certeza, os que se envolvem em brigas ferem o próprio caráter; se você escova os porcos de outras pessoas, logo você precisa esfregar a si mesmo. É o cúmulo da tolice se intrometer entre um homem e sua esposa, pois eles, com certeza, deixam de brigar um com o outro e transferem toda sua força contra você —, e ela também lhe serviria bem. Você só pode culpar a si mesmo se colocar sua colher na sopa dos outros, e ela o queimar você.
Outra coisa, não tente fazer uma mulher de caráter forte ceder, mas lembre-se:Se ela quer, ela quer, Pode acreditar nisso. Se ela não quer, não quer, E pronto.

Outro dia, recortei um artigo de um jornal dos Estados Unidos que será meu encerramento:
Seque o Mississipi usando uma colher de sopa, torça seu calcanhar na biqueira de sua bota, faça os anzóis subirem com os balões e pesque estrelas, cavalgue em uma teia de aranha e cace um cometa; lembre-se de onde deixou seu guarda chuva quando cair uma tempestade como as cataratas do Niágara, sufoque uma pulga com um pedaço de tijolo! Em poucas palavras, experimente tudo até agora considerado impossível de acontecer, mas nunca tente persuadir uma mulher a mudar de idéia quando ela já decidiu o que quer.


(Texto extraído do Livro : “Sabedoria Bíblica- Conselhos simples para pessoas simples” – Charles H.Spurgeon – Ed.Shedd Publicações-2006-)